Sério?
André abre o episódio falando sobre uma matéria da Variety, Inside the Dirty Business of Hit Songwriting onde compositores expõe grandes artistas por obrigarem eles a incluir eles nos créditos como produtores e compositores das músicas mesmo quando eles não participam do processo criativo. Isso se dá para garantir valiosos royalties mas também porque é essencial para imagem de uma estrela ser visto como um “artista completo”, responsável integralmente pelo seu próprio material. Depois anedotas de Dolly Parton e Elvis Presley nos anos 60 e de destacar os pontos mais importantes da matéria, André dá nome aos bois dos artistas que nem sempre compõem suas músicas apesar de sempre terem créditos.
E, correndo o risco de ser cancelado definitivamente, André aponta uma das artistas que tem enorme reputação na imprensa por fazer isso: Beyoncé.

- Ne-yo insinua que Beyoncé não participou da composição de “Irreplacable”
- A versão original de “If I Were a Boy”
- A versão original de “I Miss You” do Frank Ocean
- Uma das matérias que notam a óbvia inspiração (não creditada) do fotografo sul-africano Pieter Hugo para o clipe de “Who Run the World (Girls)”.
- Comparação lado a lado da performance de “Who Run the World (Girls)” no Billboard Music Awards 2011 com a apresentação que a inspirou (de maneira não creditada até anos depois) da italiana Lorella Cuccarini.
- A controvérsia do plágio da coreografa contemporânea belga Anne Teresa de Keersmaecker para o clipe de “Countdown”.
- A controvérsia das cenas roubadas do mini-documentário “The B.E.A.T” para o clipe de “Formation”.
- As acusações de plagio do estate do rapper Messy Mya em relação a produção da música “Formation” e do clipe.
- A coreografa Marlyn Ortiz também acusou a artista de copiar suas coreografias na Formation tour.
- O clipe de “Spirit”, o single lançado para a versão cinematográfica de “O Rei Leão”, teve clara inspiração (não creditada) no álbum visual do artista congolês Petite Noir, “Le Maison Noir”.
Guerra de streamings
- HBO Max foi a grande vencedora da semana graças as expectativas geradas por “Godzilla vs. Kong”. Além de quebrar recordes de stream e fez com que o aplicativo fosse o mais baixado nos EUA em sua semana de lançamento. Sua estreia em simultâneo no cinema quebrou recordes na bilheteria doméstica e, graças a sua recepção incrível na China, também na bilheteria internacional.
- Em novembro de 2019, quando a Warner Bros anunciou que todos os filmes deles previstos para 2021 iam direto para o streaming, todo mundo — atores, produtores, roteiristas e diretores — ficaram putos como noticiado pelo Hollywood Reporter, com o diretor estrela da companhia, Christopher Nolan, ficando particularmente irritado.
- Detalhes da janela de exclusividade da Paramount e da Universal, que se juntam a Warner Bros em priorizar streaming trazendo uma mudança de paradigma histórica de como consumimos cinema.
- Espremendo até a última gota: o Disney Plus produzirá sequências de “Hocus Pocus” (“Abradacabara”); “Sister Act” (“Mudança de Habito”) e “Encantada” (“Enchanted”); mais de 20 séries inspiradas nos universos da Marvel e de Guerra nas Estrelas e anuncia um slate de séries originais européias.
- Espremendo até a última gota: o HBO Max produzirá novos episódios de “Sex and the City” e novas séries no universo de “Game of Thrones”; reuniu o elenco de “Fresh Prince of Bel Air” e acaba de concluir as gravações da muito aguardada reunião do elenco de “Friends”; produzirá séries no universo da DC Comics; está estudando a possibilidade de séries no universo “Harry Potter”.
- Espremendo até a última gota: a Paramount Plus investirá na franquia mundialmente popular “RuPaul’s Drag Race”; irá ressuscitar desenhos clássicos da Nickelodeon como “Rugrats” e fará spin-offs de “Bob Esponja”; fará uma nova temporada de “iCarly”; produzirá uma nova temporada da série mais bem sucedida da CBS no século, “CSI”; reunirá o elenco da primeira temporada do reality show clássico da MTV, “The Real World”; trás de volta “Jersey Shore” e investirá em séries e spin-offs de franquias com fanbases dedicadas e grandes como “Avatar: The Last Airbender” e “Star Trek”.
- Espremendo até a última gota: a Peacock, da Universal, gastou meio bilhão para recuperar os direitos de “The Office” e colocá-los exclusivamente em sua plataforma e trará de volta sitcoms clássicos como “Saved by the Bell” e “Punky, a Levada da Breca”.
- Para se fortalecer contra a concorrência cada vez mais acirrada, Netflix investirá 17 bilhões em séries e filmes produzidos em todo o mundo; gastou 1 bilhão de dólares em um acordo com a Sony, o único grande estúdio que, até o momento, não tem planos de ter sua própria plataforma de streaming e tem feito investimentos altos, gastando 469 milhões de dólares em duas sequências do filme “Knives Out”; 30 milhões de dólares em um documentário do Kanye West e assinado contratos de exclusividade com D.B. Weiss e David Benioff de “Game of Thrones” e outros mega produtores com longo histórico de sucesso como Ryan Murphy, JJ Abrams e Shonda Rhimes. Mas, em um ato de amadorismo, nem todo o dinheiro do mundo fez com que eles conseguissem trazer de volta Regé Jean-Page, a estrela revelação da primeira temporada de “Bridgerton”.
“Caroline Life: Her Life & Death””
O meu documentário favorito de todos que assisti, ele está disponível no 4oD para quem mora no Reino Unido ou tem VPN mas também está disponível no YouTube, infelizmente sem legendas
Entrevista com Meghan Merkle
No Brasil, a entrevista está disponível no GloboSat Play para assinantes de pacotes de TV a cabo que incluem os canais da GloboSat. Para quem tem VPN e não se incomoda em ver sem legendas ou apenas com legendas em inglês, a entrevista está temporariamente disponível no Hulu dos EUA e no ITV Player no Reino Unido.
- O meu argumento sobre Meghan se proteger do establishment britânico indo se refugiar no establishment estado-unidense foi também muito bem explicado por Ash Sarkar do Novara Media.
- Reportagem do New York Times sobre o deal deles com a Netflix e sobre Harry sendo contratado por um start-up de saúde mental.
Personagens da semana
- Seguindo a cartilha da “fabricação do consenso” explicada por Noam Chomsky, a imprensa e o establishment britânico se juntou para criar enorme comoção em torno da morte do Principe Phillip. Não deu certo: o público desligou a TV para não ter que assistir a cobertura excessiva.
- Já a comoção em torno da morte do DMX surpreendeu, com o catalogo dele tomando conta do top 50 do Spotify e do Apple Music nos EUA. Histórias sobre ele — como o dia que ele ajudou uma garota escoteira ou ajudou os funcionários do Waffle House a faxinar o restaurante em plena madrugada — viralizaram nas redes sociais.
Lixão da semana
O hit “Disco Arranhado” de Malu. Eu esperava outra coisa de uma homenagem as caminhoneiras…
Lançamentos da semana
- Na música, o maior lançamento da semana foi “Rapstar” do Polo G que tá em #1 no Apple Music e Spotify dos EUA. Mas meu lançamento favorito foi “Kiss Me More” da Doja Cat com Sza cujo clipe achei legalzinho.
- Não teve novo Kid Cudi mas ele causou cantando de vestido no Saturday Night Live em uma homenagem ao Kurt Cobain.
- Guerra para o #1 no Hot 100 essa semana: “Leave the Door Open” de Bruno Mars com Anderson .Paak vs. “Montero (Call Me By Your Name)” do Lil Nas X.
- Bombando no Disney Plus: nova série da Marvel, “The Falcon and the Winter Soldier”.
- Bombando na Netflix: “Quem Matou Sara”, a série mexicana, é a mais assistida do mundo. Outros lançamentos badalados incluem as britânicas “The Serpent” e “The Irregulars”. Já a nova série espanhola, “Sky Rojo”, dos criadores de “Casa de Papel” parece tá passando um pouco despercebida…
- Também na Netflix, “Thunder Force”, filme de comédia e ação estrelando Melissa McCarthy e Octavia Spencer e novos programas licenciados: o anime “Demon Slayer – Kimetsu no Yaiba”; o drama coreano “Vicenzo” e a série estado-unidense “New Amsterdam”.
- No Prime Watch, o destaque é o desenho animado adulto “The Invincible”, baseado no HQ de Robert Kirkman com as vozes de Steve Yeun, Sandra Oh e J.K. Simmons.
- Na HBO Max, a novidade é a série original “Made for Love” que tem recebido boas críticas.
Positivity
Meu podcast favorito: “Feices” de Maqui Nobrega.
Músicas usadas no episódio:
- “Ruff Ryders’ Anthem” – DMX
- “Fiel” – Los Legendarios, Wisin, Jhay Cortez
- “X Gon’ Give It To Ya” – DMX
Erratas
- No podcast, falo que Messy Mya é uma rapper. Na verdade, ele é um homem.
- Eu falo que Rian Johnson dirigiu “Jurassic World” e na verdade o confundi com Colin Trevorrow. Johnson de fato dirigiu “Star Wars: The Last Jedi” e Trevorrow iria ser responsável pelo Episódio III mas, devido a má recepção do filme de Johnson, ele foi substituído por JJ Abrams, uma aposta mais ‘segura’.
- Eu disse que a Universal gastou 150 milhões de dólares recuperando os direitos de “The Office” para colocá-lo na Peacock. Na verdade, foi 500 milhões: 100 milhões por temporada.
- O nome do filme novo da Warner Bros não é “Kong vs. Godzilla” mas sim “Godzilla vs. Kong”.